… A Declaração Universal dos Direitos da Criança, coloca a brincadeira ao nível da proteção, saúde, educação… assumindo assim o Brincar como pilar fundamental, como direito centrado no superior interesse da criança.
O mais recente estudo 'Portugal a Brincar', realizado em 2024 pelo IAC, em parceria com a Estrelas & Ouriços, e a Escola Superior de Educação de Coimbra, envolveu mais de 1100 famílias e cuidadores de crianças até aos 10 anos.
52, 1% das crianças brincam menos de 1 hora por dia com a família durante a semana;
Apenas 9% têm entre 2 a 3 horas de brincadeira diária com os seus;
A exaustão dos adultos devido à carga de trabalho é mencionada por 40,4% dos inquiridos como principal barreira a brincarem com a criança- um número que tem vindo a crescer desde 2018;
Metade das famílias (50%) acredita que tempo livre é o principal fator necessário para que as crianças possam brincar mais.
Apesar de 47% dos inquiridos reconhecerem o como essencial para a imaginação e criatividade e 21,5% como promotor do desenvolvimento emocional, o estudo mostra uma realidade preocupante: estamos a falhar no compromisso de garantir tempo e espaço para as crianças serem crianças.
É fundamental termos sempre presente que, Brincar beneficia a espontaneidade, a criatividade, permite adquirir instrumentos fundamentais para a resolução de problemas, tomada de decisões e permite também e desenvolvimento de uma capacidade percetiva em relação ao espaço físico e em relação aos outros, plano sensorial, percetivo, social, cognitivo e , essencialmente a relação emocional.
“Brincar é uma forma de prolongar o significado da vida. “
(Carlos Neto)
Psicomotricista